
David Adams. Autor
U.S.A. UNESCO International Year for the Culture of Peace. Culture of Peace News Network
In 1997, the Em 1997, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o ano de 2000 como o Ano Internacional da Cultura de Paz. Em 1999, adotou a Declaração e o Programa de Ação sobre Cultura de Paz e, nos anos que se seguiram, a Assembleia Geral continuou a exigir sua implementação. Vinte anos depois, reconhecemos que a transição da cultura da guerra e da violência para uma cultura da paz é uma utopia possível.
Reconhecemos também que nas últimas décadas os seres humanos puderam se expressar livremente e esperamos que, agora, “nós, os povos”, possamos participar da consolidação do multilateralismo democrático. Como nunca antes, a humanidade está ciente de que a “mudança” é a essência da vida e que, como seres vivos capazes de reflexão e mudança, podemos e devemos mudar o curso da história e de toda a humanidade. Reconhecemos que as mudanças que emanam dos indivíduos podem nos guiar na busca daquilo que nos liga aos outros humanos e a toda vida. Mas, também reconhecemos que a mudança individual não é suficiente e que a transição para uma Cultura de Paz requer mudanças e reformas profundas das instituições e políticas para tornar possível uma transformação coletiva.
Em vista ao acima propomos localmente...
Uma Cultura de Paz global que pode ser cultivada localmente com v rias express es promovida efavorecida pelas autoridades de nossas cidades, permitindo aos cidad os de todo o mundo organizar aeduca o para a paz e propor pol ticas p blicas que:
• Garantem investimentos or ament rios para melhorar e enriquecer os ambientes f sicos esociais das cidades, para que nossos c rebros sejam alimentados desde a primeira inf ncia comexperi ncias de bem-estar e consci ncia das condi es que precisam ser transformadas emnossas comunidades.
• Promover e apoiar programas de educa o para a paz em institui es p blicas e em ambientesn o formais por meio de iniciativas comunit rias que v o al m de escolas e universidades queoperam como um neg cio.
• Compartilhar conhecimento cient fico amplo e transdisciplinar com comunidades e bairros,para que as pessoas possam questionar e pensar sobre a relev ncia de nossas cren as e valores;para que tomemos consci ncia de nossa posi o no mundo e de nossa rela o com as outrasesp cies; para que entendamos que a biologia e a hist ria anterior n o determinam nossodestino; e para que possamos aprender a resolu o de conflitos com base na n o-viol ncia.
• Compartilhar com as comunidades e bairros a hist ria das culturas mundiais e suas a es emfavor da paz: reconhecendo nossa unidade com os outros povos; conhecendo seus s mbolos; e acria o de novos s mbolos compartilhados que promovam a aceita o do outro, a solidariedade,o respeito e a coopera o.
• Promover a transpar ncia e o livre fluxo de informa es, evitando o sigilo do Estado; promover,apoiar e dar liberdade imagina o e cria o de novos vocabul rios, linguagens e narrativassobre a paz e transformar o retrato negativo e violento do conflito na m dia de massa.
• Divulgar os conhecimentos e as a es da sociedade civil organizada: viabilizando a democraciaparticipativa; capacitar cidad os, professores, jornalistas, ativistas, lideran as sociais ereligiosas, policiais, estudantes, profissionais, pol ticos e cientistas para participarem doexerc cio de seus direitos humanos, monitorando as garantias de todos os direitos humanosincluindo moradia, sa de, saneamento, educa o e seguran a p blica e, assim, avaliar oprogresso da cultura de paz em suas comunidades.
• Estabelecer espa os de reflex o, escuta e di logo entre pessoas de diferentes idades, diferentesnecessidades f sicas, afetivas, cognitivas e socioecon micas, e diferentes identidades tnicas,lingu sticas e de g nero.
• Promover a participa o democr tica por meio de mecanismos de representa o equitativa paraas diversidades tnicas e de g nero, livre da influ ncia da ind stria militar, das corpora es demonop lio financeiro e das institui es que influenciam a pol tica nacional.
• Priorizar a agricultura local e sustent vel, a fabrica o e o consumo que menos dependam dopetr leo e dos monop lios corporativos, que respeitem a diversidade de esp cies regionais paraajudar no combate s mudan as clim ticas e aos problemas ambientais, e que promovam acria o de cooperativas que trabalhem pela economia social e solid ria com foco no com rciojusto e no bem-estar das fam lias e grupos que os comp em.
… e nós propomos globalmente
• A cria o de um “Conselho de Seguran a de Prefeitos” composto por representantes dasprincipais cidades de todas as regi es do mundo. Este Conselho pode aumentar a consci ncia deque outro mundo poss vel. Pode ser criado imediatamente, pois sua forma o n o requeracordos ou aprova o dos Estados Membros das Na es Unidas. Ele pode se reunir virtualmentepor meio de formas modernas de comunica o e exibir na imprensa e na m dia de massa seuspr prios acordos sobre quest es de seguran a global na agenda do Conselho de Seguran a atual,incluindo quest es que o Conselho de Seguran a atual falhou em abordar, por exemplo, aaboli o de armas nucleares.
• A cria o de um Conselho de Assuntos Socioecon micos e de um Conselho de AssuntosAmbientais nas Na es Unidas, cujas decis es representam o equil brio global de poderes efavorecem a ado o de acordos sobre essas mat rias pelos Estados membros.
• A pronta refunda o do Sistema das Na es Unidas, com uma Assembleia Geral composta por50% de representantes dos Estados Membros e outros 50% de institui es, universidades eorganiza es da sociedade civil de todo o mundo que representam “N s, os povos…”; issopermitir o redirecionamento das pol ticas atuais por meio do multilateralismo democr tico
“Os povos” j t m voz pr pria.
Acreditamos que a hist ria est em nossas m os e queoutro mundo poss vel.
Uma cultura global de paz poss vel.
N o vamos lamentar, mas organizar
David Adams. Autor
U.S.A. UNESCO International Year for the Culture of Peace. Culture of Peace News Network
Federico Mayor Zaragoza. Autor
Spain. Foundation Culture of Peace.
Roberto Emmanuele Mercadillo Caballero. Autor
Mexico. National Council for Science and Technology. Justicia Transicional y Paz, AC.
Alicia Cabezudo.
Argentina. Universidad Nacional de Rosario
Myrian Franqueira Castello.
Brazil. Dream Factory and Human Right to Dream Movement.
Cristina Ávila Zesatti.
Corresponsal de paz.